Hipersonolência e Narcolépsia
O Dr. Anselmo Pinto fala de Hipersonolência e Narcolépsia. Fique a conhecer todas as causas, tipologias e tratamentos neste artigo.
Hipersonolência Primária
Generalidades
Sonolência excessiva traduzida por dificuldade em estar completamente acordado, confusão e desorientação, pouca coordenação motora, lentidão.
Classificação
- Tipo I
- História familiar positiva
- Sinais de disfunção do SNA
- Tipo II Associada a infeções virias com sintomas neurológicos
- Tipo III De causa desconhecida (não familiar ou vírica)
Diagnóstico
- Sonolência excessiva diurna apesar de 7 ou mais horas de sono noturno
Síndrome Hipersonolência relacionada com a menstruação
- Ocorre sonolência excessiva alguns dias antes da menstruação.
- Etiologia desconhecida
Hipersonolência Primária Recorrente
Situação caracterizada pelo aparecimento recorrente de uma sonolência sem causa conhecida que começa na adolescência sendo normal nos intervalos das crises.
Causa da Hipersonolência Primária
- Desconhecida
Prognóstico
- Sem cura com os conhecimentos atuais
Critérios de Diagnóstico
O diagnostico é feito pela história clinica pessoal e familiar, exame físico e exames complementares (Polissonografia e Teste de Latências Múltiplas).
Exames Complementares
Os exames indispensáveis nestas patologias são a Polissonografia (PSG) e o teste das latências múltiplas (TLM).
Tratamento
No estado atual da medicina do sono não temos cura para esta situação de hipersonolência primária ou narcolepsia. Como em qualquer perturbação do sono a higiene do sono é fundamental a medicação e as sestas programadas resolvem grande parte dos casos.
Narcolépsia

Generalidades
É uma perturbação do sono caracterizada por sonolência diurna excessiva com um sono noturno não recuperador.
O paciente tem crises diurnas de grave sonolência que ocorrem sem aviso prévio.
Estas inoportunas sestas são no entanto refrescantes e de acordar agradáveis ao contrário do que acontece na hipersonolência primária. Podem ocorrer alucinações ao acordar (hipnogógicas) ou ao adormecer ( hipnopompicas).
Podem também ocorrer ataques de perda brusca do tónus muscular (cataplexia).
Ocorrência
Pico de inicio entre os 15 e 36 anos
Causas
Uma hipótese atualmente aceite como causa muito provável é a falência central dos centros responsáveis de manter o individuo acordado.
Existem outros fatores como traumatismos, infeções, tumores entre outros que contribuem para o aparecimento da narcolepsia. Os fatores ambientais influenciam o desencadear dos sintomas da narcolépsia.
Genética
Está provado haver um gene relacionado com a narcolépsia.
Diagnóstico
A história clínica pessoal e familiar clínica e a Polissonografia seguida de teste latências múltiplas são a base para o diagnóstico.
O diagnóstico diferencial faz-se com a hipersonolência primária e a secundária a outros distúrbios do sono ou outras patologias cujo sintoma mais evidente e perturbador é a sonolência diurna excessiva.
Tratamento
- Não farmacológico:
- Informação ao doente
- Higiene do sono
- Sestas de 10 a 30 minutos com intervalos de 90 a 120 minutos
- Informação aos que lidam com o doente.
- Farmacológico:
- Medicamentos muito específicos e que obrigam a um controlo muito apertado por parte do médico
- No estado atual da medicina do sono não há cura da narcolépsia
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